No final do século passado, foi realizado um congresso internacional de Reumatologia pediátrica para mudar o nome da doença"artrite reumatóide juvenil" para "artrite idiopática juvenil" (idiopática significa de causa desconhecida), porque o nome anterior sugeria que a doença juvenil fosse apenas a mesma artrite reumatóide dos adultos afetando crianças. Mas as duas doenças não são iguais.
Na verdade, a artrite idiopática juvenil é uma doença diferente da artrite reumatóide, não apenas porque acontece nas crianças, mas porque geralmente é autolimitada, desaparecendo no final da adolescência, enquanto a artrite reumatóide, seja em adultos ou em crianças, geralmente é uma doença crônica e progressiva. A maioria dos casos (60 a 70%) resolve na infância ou no final da adolescência e as crianças se tornam adultos saudáveis – embora em 30% dos casos a doença possa seguir um curso crônico e persistente, causando lesões articulares permanentes.
Ao mudar o nome de "artrite reumatóide juvenil" para "artrite idiopática juvenil" o congresso de especialistas conseguiu eliminar a confusão com a artrite reumatóide, ao mesmo tempo em que eliminou o mito “reumatismo” da nomenclatura das artrites da infância.
Os defensores do mito “reumatismo”, entretanto, insistem em chamar essa doença de “artrite reumatóide juvenil”, nome que sugere que é a mesma doença “artrite reumatóide” (do adulto) ocorrendo na criança e que também sugere à mente leiga que, de alguma forma, essa doença tem algo a ver com “reumatismo”, porque afinal é “reumatóide”. Mas não é.
Sou mãe da Luana que tem hoje 10 anos. Aos 2 anos ela recebeu o diagnóstico de artrite idiopática juvenil. Através do blog tenho a intenção de relatar a história da Luana, como ela tem passado, enfrentado a doença e seus questionamentos. Espero que esta seja uma forma dela ter um relato do que aconteceu em sua vida desde bem pequena e ao mesmo tempo dividir com outras famílias como estamos lidando com esta doença.
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